A endometriose é uma afecção clínica caracterizada pela presença de endométrio (camada que reveste o útero por dentro) fora da cavidade uterina e do miométrio.
Acredita-se que 6% a 10% das mulheres em idade reprodutiva, 50% a 60% de adolescentes e adultas com dores pélvicas e até 50% de mulheres com infertilidade sejam afetadas pela doença.
O que preocupa é que em seus estágios iniciais ou em mulheres inférteis com sintomas discretos, pode passar desapercebida.
É considerada uma doença benigna, mas pode ser tornar grave e gerar grandes impactos à saúde física e psicológica das mulheres, dependendo da velocidade e do nível de progressão, órgãos adjacentes afetados e recorrência.
São várias as teorias associadas à sua causa, mas ainda há muitas controvérsias quanto à sua origem.
Quais são os sintomas?
Dismenorréia – cólicas
Dor na relação sexual (principalmente à penetração profunda)
Dor pélvica em qualquer fase do ciclo
Desconforto ou dores para urinar
Desconforto ou outras alterações intestinais
Infertilidade
- Às vezes ela não apresenta nenhum sintoma.
Como é feito o diagnóstico?
A apresentação clínica é muito variável e nenhum desses sintomas é específico para a endometriose, dificultando o seu diagnóstico.
História clínica da paciente – sintomatologias e antecedentes pessoais e familiares
Exame físico – dor à palpação profunda da pelve e no exame de toque
Ultrassonografia transvaginal
Ressonância magnética da pelve
CA-125 – verificado por meio de exame laboratorial.
Laparoscopia com biópsia das lesões
Existem atualmente Ultrassonografia e Ressonância da pelve específicas para investigar endometriose, realizadas com alguns preparos e técnicas que aumentam a sensibilidade e especificidade desses exames.
Tratamentos e outras informações serão abordados em um próximo post.